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Na contramão da crise, produtores de Irupi investem em cafés especiais.
A partir de dados obtido pelo Incaper, 30% dos produtores de Irupi produzem cafés que se enquadram na categoria dos cafés especias, com pontuações acima de 80 pontos de acordo com a tabela da Specialty Coffee Association (SCA). Muito embora boa ainda existam, uma parcela de produtores do municipio, que ainda não descobriram o potencial e qualidade do café que produzem.
Por Assessoria de Comunicação
"A nossa cidade é movida pelo café e as pessoas, muito poucas, sabem o que realmente é um café. A vida dessas pessoas são movidas pelo café e mesmo assim muitos não conhecem o sabor de um café e o que é café de qualidade. Eu tô começando a pouco nessa área, quero participar de concursos e levar o município de Irupi a um destaque. Quando a gente fala de cafés especiais, a gente acaba trazendo pessoas especiais para a nossa vida. Eu não conheço nenhuma pessoa do café especial que não seja especial. Então, uma das coisas que me faz trabalhar com café especial é trazer mais pessoas especiais para minha vida. E também passar um sabor diferenciado para a população". Foi a afirmação da agricultora Amanda Correa, 24 anos, que está em processo de adaptação para o novo modelo de produção no Corrego Esquerdo, região rural do municipio.
A partir de dados obtido pelo Incaper, 30% dos produtores de Irupi produzem cafés que se enquadram na categoria dos cafés especias, com pontuações acima de 80 pontos de acordo com a tabela da Specialty Coffee Association (SCA). Muito embora boa ainda existam, uma parcela de produtores do municipio, que ainda não descobriram o potencial e qualidade do café que produzem.
Um dos objetivos do trabalho do Incaper na região, em parceria com a Prefeitura Municipal de Irupi, é alavancar a produção de cafés especiais. Dados do orgão apontam Irupi como um dos maiores produtores de café arábica do Estado do Espírito Santo, com condições propícias para produzir cafés de qualidade superior. As altitudes da região podem chegar a 1150 metros, condições essenciais para produzir grãos de extrema qualidade. Este trabalho que vem sendo realizado tem como principal objetivo melhorar a qualidade de vida do produtor e fazer com que ele possa obter renda, aproveitando o nicho, que cresce em torno de 20% a 25% ao ano. Já a produção de café commodity só alcança de 1,5% a 2% ao ano, de acordo Ediézio Vimercate, coordenador do Incaper de Irupi.
O agricultor Douglas Andrade, 22 anos, da região do São José do Saçui, também entendeu a demanda de mercado e por isso resolveu investir na produção de grãos de qualidade: "Hoje a produção de cafés especiais está se tornando um grande uma grande saída para nós produtores de café. Levando em consideração o preço baixo do café commodity, a gente tá encontrando uma saída nos cafés especiais, para nós começarmos a mudar esse quadro de café no Brasil", considerou.
Ediézio Vimercate fez considerações sobre a importância do trabalho realizado em pareceria do governo estadual e municipal: "O nosso objetivo é fazer com que o produtor entre nesse ramo, possa produzir um grão de qualidade, possa ser conhecido no mercado internacional de produtores e assim a gente possa alavancar a economia do nosso município, através da assistência técnica e extensão rural, que a gente fornece produtor, ajudando no processo de colheita e pós-colheita. Também é realizado o trabalho na sala de degustação de café do município que propicia para os produtores o conhecimento a respeito da qualidade dos seus grãos".
Alguns produtores já se preparam para a Semana internacional Internacional do Café que ocorrerá em Belo Horizonte, de 20 a 23 de novembro. Pelo menos três amostras do municipío serão enviadas para a competição, considerada a mais importante do Brasil. Paralelamente, cerca de trinta produtores, se preparam para o Concurso Municipal de Cafés que será realizado no dia 29 de novembro e premiará os melhores cafés do municipio nas categorias descascado e natural, totalizando R$ 12.200,00 em prêmios.